Hoje em dia, as diferenças de perspetivas e, portanto, de políticas, quando não mesmo de regras legais, tendem a girar em volta da dicotomia ‘multiculturalismo’ / ‘assimilacionismo’ ou ‘integracionismo’. Basta pensar nos exemplos dos Estados Unidos, do Canadá, da França e do Reino Unido, não indo mais longe em todos os sentidos desta palavra, para ver como é tudo muito mais complexo que esta ‘simples’ contraposição.
A análise recente de Kenan Malik, no The Guardian:
France has been laissez-faire on race, the US proactive. Clearly, neither of them has it right».
É eloquente o início do seu texto:
Should public policy be “race conscious” or “colour blind”?
Should it target the specific inequalities faced by minority groups or treat all citizens equally without any reference to individuals’ racial and cultural backgrounds?
The contrast between these two approaches has often been seen as that between Anglo-Saxon multiculturalism and French assimilationism, the one “based on the right of ethnic minorities, of communities”, the other “based on individual rights”, as Marceau Long, then the president of France’s Haut Conseil à L’Intégration, put it in 1991, adding that the Anglo-Saxon approach, unlike that of the French, was that of “another way of imprisoning people within ghettos”.
Thirty years on, we can see the issues as more complex and less given to simple binary oppositions. (…)
Um ‘post’ do grande Encenador Jorge Silva Melo (1948 – 2022) no Facebook, em 2014, sobre o casting em teatro e a questão da escolha de actores / actrizes pela ‘cor’ (‘raça’, etnia). A tradição racista das chamadas «Black Faces» (o grande Laurence Olivier, ‘branco’, a representar «Othello», de Shakespeare, com a cara pintada de negro, no filme de Stuart Burge, 1965.