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* compilado por Carla Delgado

FILMES

  • “Estive em Lisboa e lembrei-me de ti” (2015) – É uma coprodução Brasil-Portugal, baseada no livro do premiado autor brasileiro Luiz Ruffato. O filme foi realizado pelo realizador português José Barahona, que também escreveu o argumento. “No início deste projeto, eu queria fazer um documentário baseado no livro de Luiz Ruffato. Queria saber o que levou os brasileiros a quererem emigrar para Portugal. Optei por trabalhar com atores amadores, para que as suas próprias histórias de vida e experiências pudessem estar no filme. Fiz o caminho inverso do argumentista. Eu procurei pessoas que tivessem histórias semelhantes às descritas no livro e fiz delas personagens do meu filme. É um filme sobre a emigração, sobre sonhos e desilusões.”
  • “A Ilha dos Cães” (2017) – Duas Angolas, a colonial e a contemporânea, separadas por 60 anos, partilham a maldição de uma ilha misteriosa. No passado, o epicentro da tragédia é uma fortaleza maligna, túmulo de revolucionários deportados do continente. No presente, a construção de um luxuoso resort desperta a implacável mandíbula da justiça.
  • “Io Capitano” (2023) – Invertendo o olhar a partir do qual se encara a chamada “crise dos refugiados”, o filme narra a história de um jovem senegalês na sua odisseia até a uma Europa mítica. Desde Dakar até à arriscada travessia do Mar Mediterrâneo a bordo de um barco sobrelotado, enfrentando a hostilidade do deserto e a crueldade dos centros de detenção na Líbia, o espectador é conduzido através de uma verdadeira epopeia onde o desejo de liberdade e de uma vida melhor se revelam como força motriz.
  • “Cidade de Deus” (2002) – O filme constitui um poderoso retrato da vida nas favelas brasileiras, contudo vai mais além e é uma autêntica crónica mundial do que é viver nas margens. Um filme sem atores profissionais, mas com rapazes que vivem aquela realidade, e que nos podem trazer em primeira pessoa a sensação do quotidiano na periferia.
  • “Moonlight” (2016) – Um retrato da vida de um jovem negro que luta com sua identidade e sexualidade nos subúrbios de Miami.
  • “Foge” (2017) – Um thriller psicológico que aborda o racismo de forma satírica, dirigido por Jordan Peele. O filme mostra que até os autodenominados progressistas podem ter crenças racistas, controlando e manipulando pessoas negras.
  • “La Haine” (1995) – O filme acompanha três jovens durante um período de vinte e quatro horas num “gueto” suburbano francês. Vinz, um judeu, Saïd, um árabe, e Hubert, um pugilista negro, cresceram nestes subúrbios franceses, onde os elevados níveis de diversidade, aliados à força policial racista e opressiva, levaram as tensões a um ponto crítico de rutura.
  • “12 Anos de Escravidão” (2013) – Baseado numa história verídica de luta de um homem pela sobrevivência e liberdade. Nos Estados Unidos antes da Guerra Civil, um homem negro livre de Nova Iorque é raptado e vendido como escravo. Enfrentando a crueldade personificada por um proprietário de escravos, Solomon luta não só para permanecer vivo, mas para manter a sua dignidade.
  • “Samba” (2014) – Em tempos de intolerância e discriminação, o filme mostra como Samba Cissé, um senegalês que vive ilegalmente em França há 10 anos, tenta sobreviver trabalhando em diversos empregos precários. Não obstante, é detido e precisa de regularizar a sua situação com urgência; para isto, conta com o auxílio de Alice, que trabalha como voluntária numa ONG que assiste os imigrantes perante a justiça francesa.

DOCUMENTÁRIOS E OUTROS CONTEÚDOS

  • Era uma vez um arrastão” (2005) – Documentário que contesta os eventos na praia de Carcavelos a 10 de junho de 2005. O filme argumenta que a narrativa de um “arrastão” de assaltos foi exagerada pelos media e não se baseava em fatos reais. Testemunhos contradizem a narrativa de terror, destacando a ausência de queixas de assaltos na praia. O documentário também ressalta a fabricação de “arrastões” como estratégia política para fomentar o racismo e a xenofobia.
  • “Lisboetas” (2004) – Documentário político sobre a vaga de imigração que, no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, mudou Portugal. A peça rejeita o habitual tratamento jornalístico e aborda a experiência humana dos imigrantes da grande Lisboa de um ponto de vista cinematográfico. É uma janela sobre novas realidades: modos de vida, mercado de trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades. A palavra é dada aos recém-chegados.
  • “13th” (2016) – “13th” mostra o crescimento exponencial da população prisional americana: em 1970, havia cerca de 200.000 presos; atualmente, esta é superior a 2 milhões. O documentário aborda a escravatura; o filme Direitos Civis de 1964; Richard M. Nixon; a declaração de Ronald Reagan sobre a guerra contra a droga e muito mais.
  • “I am not your Negro” (2016) – Um documentário que analisa o racismo nos Estados Unidos através dos escritos de James Baldwin, que, em 1979, escreveu uma carta ao seu agente literário descrevendo o seu próximo projeto, “Remember This House”. O livro seria um relato revolucionário e pessoal das vidas e dos homicídios de três dos seus amigos mais próximos: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King, Jr. Aquando da sua morte, em 1987, Baldwin deixou apenas 30 páginas completas deste manuscrito. O cineasta Raoul Peck imagina o livro que James Baldwin nunca terminou.
  • “Good Hair” (2009) – Um documentário de Chris Rock que explora as perceções e padrões de beleza associados ao cabelo afro. O comediante mergulha no mundo dos cabelos das mulheres negras, mostrando a obsessão destas em modificar a forma natural do cabelo e o que as leva a recorrer mesmo a produtos tóxicos. Descobrimos que, para muitas mulheres negras, motivadas por pressões da sociedade dominante, conseguir um “bom cabelo” significa alisar ou usar extensões.
  • Curta-metragem: “Balada de um Batráquio” é uma curta-metragem documental, da realizadora portuguesa Leonor Teles, sobre a tradição de colocar sapos de loiça em espaços comerciais como forma de afastar os ciganos. Tal como os ciganos, os sapos de loiça não passam despercebidos a um olhar mais atento. A peça intervém no espaço real do quotidiano português como forma de fabular sobre um comportamento xenófobo.
  • Livro: “The Vanishing Half” – Livro escrito por Brit Bennett, que fala sobre as irmãs gémeas Vignes. Depois de crescerem juntas numa pequena comunidade de negros do sul dos EUA e de fugirem aos dezasseis anos, não é apenas a forma das suas vidas quotidianas que é diferente em adultas, é tudo: as suas famílias, as suas comunidades e as suas identidades raciais. Muitos anos mais tarde, uma irmã vive com a sua filha negra na mesma cidade sulista de onde tentou fugir. A outra passa secretamente por branca, e o seu marido branco não sabe nada do seu passado. Olhando muito para além das questões raciais, The Vanishing Half considera a influência duradoura do passado que molda as decisões, os desejos e as expectativas de uma pessoa e explora algumas das múltiplas razões e domínios em que as pessoas por vezes se sentem impelidas a viver de forma diferente das suas origens.
  • Série: “When They See Us” é uma minissérie televisiva americana de 2019, criada, co-escrita e realizada por Ava DuVernay para a Netflix. Baseia-se no caso “Central Park Five”, de 1989, e explora as vidas e as famílias dos cinco suspeitos negros e latinos que foram falsamente acusados e encarcerados pela violação e agressão de uma mulher branca no famoso parque de Nova Iorque.
  • Série: “Insecure” (2016-2021) – Série da HBO sobre as experiências desconfortáveis de uma mulher moderna afro-americana.